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Como é o processo de publicar uma música (hoje em dia)

  • Foto do escritor: Diário Expandido
    Diário Expandido
  • 12 de ago.
  • 2 min de leitura

Atualizado: 19 de ago.

Por Luna Hellena

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Desde criança, sempre fui muito curiosa, especialmente sobre a origem das coisas (aquela criança chata que pergunta “por quê?” de tudo). Mas uma coisa sempre me encafifou: de onde surgem as músicas? Depois de eu não parar de encher o saco, meus pais me colocaram em aula de violão, seguindo o instrumento que meu pai tocava. Não parei de tocar desde então, e boa parte da minha vida virou música.

Aos 15 anos, na flor da juventude, achei uma ótima ideia me expressar através da primeira arte, a qual jamais ousarei dizer que domino, mas que já tinha alguma fluência. Ali surgiu minha primeira música, sem nenhuma intenção além da expressão. Mas sim, estamos em 2025 e essa música só veio a público depois de uma década (é um processo delicado, se expor emocionalmente dessa forma).

Durante esses 10 anos, muitas coisas aconteceram: desde o covid, que assolou o mundo todo, até minha transição de gênero (que vai render uma futura publicação, sem dúvida). Durante a pandemia, logo após sair do ensino médio, entrei na faculdade de música. Lá, várias dessas minhas habilidades se expandiram, e com elas, minha biblioteca pessoal de músicas. Muitas ainda estão privadas, à espera de futuros lançamentos, mas a inquietude de não ter exposto meus primeiros trabalhos me impedia de expor as coisas mais novas.

Então juntei a fome com a vontade de comer, e aí surgiu meu primeiro EP. Junto dessa primeira música, que passou a se chamar Solilóquio No.1, veio Helena, música que fiz no dia em que minha irmã morreu em uma certa homenagem fúnebre a ela.

E o mais complicado desse processo todo é que tudo precisa ser nomeado, né? E como artista, você se sente na obrigação de ser meio mala e colocar um nome cheio de significados, né? kkkkkk Solilóquio significa “ato de alguém conversar consigo próprio; monólogo”. Então não podia ser diferente o nome do EP. Eu há muito tempo tinha em mente “A eloquência da internalidade humana”, mas tudo tem limite, né? Esse nome seria péssimo.

Então, após pesquisas filosóficas, cheguei em Ipse"Ipse" (do latim "ele mesmo") refere-se à identidade pessoal, ao si mesmo; enquanto filosofia é a busca pelo conhecimento e compreensão da realidade, incluindo a natureza humana e a identidade, que reflete muito bem o conteúdo da obra.

Claro que isso é só uma parte de todo o processo: é preciso gravar, mixar, pipipipopopo, criar capa, escrever partitura, publicar na Biblioteca Nacional e distribuir as músicas nas plataformas digitais, um processo caro, demorado, e que não vou me estender aqui falando sobre todos os seus detalhes.

Mas é extremamente satisfatório ter alcançado um objetivo tão grande e tão simbólico na minha vida, mesmo que aos trancos e barrancos.


E, claro, fica aqui o registro no nosso grande Diário Expandido.

Até a próxima!

 
 
 

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